Discurso do Secretário Geral do Hezbollah, Sayed Hassan Nasrallah por celebração do nascimento do Profeta Mohamed(S) e da semana da Unidade Islâmica, num festival organizado pelo Hezbollah, na sexta feira 22 de outubro de 2021 as 19h30 na praça da Ashura no subúrbios do sul de Beirute
Redação do discurso
O Secretário Geral do Hezbollah Sayed Hassan Nasrallah emitiu um ultimato à entidade sionista de que a Resistência não permitirá qualquer exploração de hidrocarbonetos na disputada área marítima entre o Líbano e a Palestina ocupada, antes de um acordo com o estado libanês, ameaçando usar todas as suas habilidades para impedir qualquer ação contrária.
“Se o inimigo acredita que pode fazer o que quiser na área contenciosa, antes de definir uma solução, está muito enganado. Não quero antecipar decisões agora. Mas se a Resistência achar que o gás e o petróleo libaneses estão em perigo, mesmo na área disputada, vamos reagir”, alertou Nasrallah em discurso proferido na sexta-feira, 22 de outubro, por ocasião da celebração do nascimento do mensageiro do Islã o Profeta Mohamed(S).
Seu alerta vem depois que a mídia israelense relata que o governo sionista vai acusar uma empresa de atividades de prospecção na área marítima que ocupa, mas que é reivindicada pelo Líbano.
Sua Eminência esclareceu que o Hezbollah não vai interferir nas negociações em curso sobre a demarcação das fronteiras marítimas, que tiveram um novo impulso nos últimos dias com a chegada ao Líbano o enviado americano de nacionalidade israelense Amos Holchtein para discuti-los com as autoridades libanesas.
Durante seu discurso transmitido pela televisão Al -Manar, Nasrallah citou as lições que o profeta Mohamed(S) nos ensinou, enfatizando a noção de responsabilidade nas relações entre os muçulmanos, pedindo a eles que hoje apliquem junto com o povo palestino, que ele acredita ser o emblema do povo torturado e oprimido pela ocupação israelense. Convidando-os a usar todos os meios para defender seus direitos, garantindo que esse é um dever de todos.
O Sayed também pediu solidariedade ao povo iemenita, cujas massivas manifestações nos últimos dias são a prova de seu apoio a « este movimento piedoso e lutador », referindo-se à organização Houthi Ansarullah. Apoiando sua demanda pelo fim da guerra e do embargo.
Por outro lado, Sayed Nasrallah exortou a se dissociar do Daesh, que criticou violentamente em seu discurso, e cujo dano causado é o dobro, segundo ele, tanto contra os muçulmanos, mas especialmente contra o Islã e o profeta Mohamed « pelos massacres de fiéis em mesquitas e igrejas » em seu nome. Lembrando que tudo isso foi feito pelos EUA.
A unidade islâmica foi um dos temas que abordou, devido à sua ligação com a celebração.
“Quando os muçulmanos se unem, eles certamente são vitoriosos”, proclamou.
“Esta é a razão pela qual os Estados Unidos e a entidade sionista estão fazendo de tudo para dividi-los e suscitar as menores diferenças entre eles”, acrescentou.
Idéias principais do discurso
No início quero felicitá-lo pela celebração do nascimento do Profeta Mohamed (S), o superior dos mensageiros e o ultimo dos profetas.
Quero parabenizá-lo pela celebração do nascimento de um dos seus netos Imam Sadek.
Dou os meus parabéns pela Semana da Unidade Islâmica.
Conheça o Profeta do Islã
O profeta nasceu no ano de Al Fil (O Elefante) no primeiro mês de Rabii Alawal. Existem discrepâncias no dia. Os mais reconhecidos são os dias 12 e 17 deste mês.
Uma das bênçãos do Imam Khomeini e a vitória da revolução islâmica no Irã foi a transformação deste ponto de divergência em uma oportunidade de selar a unidade islâmica, declarando esta semana entre as duas datas como sendo a unidade islâmica.
Nosso dever em todos os momentos é conhecer este profeta, a sua personalidade, as suas qualidades, suas palavras, suas ações, os detalhes de sua vida que são a ilustração de sua pessoa imaculada. Esta é uma responsabilidade essencial que recai sobre todos.
As pessoas tem que ler e saber mais sobre essa personalidade grandiosa e majestosa ensinando as novas gerações mais sobre os atos e as mensagens deste grande profeta. Este conhecimento traz um grande benefício porque nos permite conhecer nossa religião, o Islã, sua legislação, sua moral, suas leis. Sabendo que as principais fontes para explicar o Islã são o Alcorão e a Sunnah.
O profeta deve ser visto como nosso exemplo a seguir, nosso ícone, nosso inspirador.
Quem aspira à salvação do dia do juízo final, quem quer viver com Alá e viver uma verdadeira vida islâmica deve tomá-lo como um exemplo supremo e seguir seus mandamentos.
Nosso profeta alcançou inúmeras façanhas. Uma das mais importantes é que ele fundou uma Ummah (nação) na época que não tinha uma nação fixa ou sociedade organizada, e o povo vivia em total época de ignorância e conflitos constantes.
O Profeta Mohamed (S) também construiu um estado, em seguida revelou o Islã, a ultima religião da humanidade.
O fator humano essencial da mensagem divina
Uma das suas façanhas mais importantes é, sem dúvida, essa mutação que fez no homem para a piedade, pois o ser humano vivia em total desrespeito e ignorância naquela época.
A maior parte da obra do profeta ocorreu no homem em si, pois toda mudança em uma sociedade começa no ser humano que é um fator essencial no processo da história, como na sociedade humana e de acordo com as leis divinas, o homem tem que receber educação e ensinamento para aperfeiçoar sua consciência, sua mente, sua razão, sua moral, seu comportamento, suas atitudes e seus valores.
Quando voltamos aos dias anteriores à revelação, A Jahiliyat, a era da ignorância, temos que ver como as pessoas eram, bem como as suas formas de pensar, suas crenças, suas éticas além dos sistemas de valores aos quais aderiram. Portanto, podemos comparar as duas épocas antes e depois do profeta, especialmente em um nível humano.
O outro lado dessa façanha milagrosa é que o Profeta o alcançou e obteve resultados em 23 anos, em uma sociedade difícil, que se afogava na total ignorância, na ferocidade e nos conflitos internas.
Da idolatria ao monoteísmo
Algumas ideias em resumo sobre essas transformações:
A transformação da idolatria ao monoteísmo, sabendo que este culto é um dos cultos mais modestos porque é uma idolatria de pedra e madeira. Acreditavam em deuses como fogo ou, por exemplo, o sol pode ser adorado porque inspira luz e calor, enquanto a lua inspira a beleza.
A percepção do outro e os valores
Outra transformação é a percepção do outro, como um ser humano. De acordo com os valores que reinaram durante a Jahiliyat, os ricos eram superiores aos pobres, os livres eram superiores aos escravos, os Quraichites árabes eram superiores aos outros clãs, os árabes eram superiores aos não árabes, os brancos eram superiores aos negros, os homens eram superiores às mulheres resultando em diferença nos direitos e privilégios, classes superiores e inferiores além da hierarquia.
O Islã minou esse sistema de valores e aplicou um novo, como cita o verso do Alcorão:
(Nós te criamos homem e mulher, e te fizemos povos e tribos. O mais honrado entre vocês com Deus é o mais piedoso).
O Islã disse que o melhor, o superior, é aquele que tem mais piedade. Este é o principal critério do sistema que o profeta estabeleceu.
A aplicação deste sistema não foi fácil, o profeta trouxe os beneficentes pobres para mais perto de si, preferindo-os aos ricos, escolheu um etíope Bilal para o chamado à oração e escolheu um líder militar que não era árabe insistindo na base do humano.
A sociedade, antes da revelação, estava na ignorância, sem nenhuma cultura, sem nenhuma civilização, analfabeta e sem ciência. Enquanto havia naquela época duas grandes civilizações importantes, a dos Romanos e a dos Persas.
As tribos e clãs que viviam na península não eram conhecidos por ninguém, entretanto sua existência passou despercebida.
Posteriormente, o mensageiro de Deus os exortava à busca do conhecimento e das ciências pelas quais ele elogiava os méritos. Ele até beneficiou cientistas que também eram favorecidos em relação a outros.
Mais tarde, esta busca de conhecimento e ciência no mundo islâmico se espalhou com sua extensão e que tornou possível fundar a civilização islâmica.
Mutação em relação às mulheres
Também há uma mudança no status das mulheres. Na Jahiliyat, os homens discutiram entre si se ela fazia parte dos humanos, havia uma visão depreciativa e desdenhosa da mulher. O nascimento de uma menina era desaprovado e alguns os enterraram-nas vivas quando nasciam, e os que ficaram vivas, foram tratadas como escravas. Toda mulher era obrigada a ter um casamento forçado, além de fazer parte da herança após a morte de seu marido.
O Islã o tratou como um ser humano completo. Muitos versos reiteram que a raça humana é composta de homens e mulheres.
(Nós criamos vocês, homens e mulheres)
Alguns discursos do Alcorão são dirigidos a mulheres e homens com uma distinção: muçulmanos e muçulmanas, homens e mulheres crentes, os piedosos e os piedosas, os pacientes e as pacientes.
Outro versículo apresenta uma mulher como : « Um exemplo para aqueles que crerem ». Esta é a Ásia, esposa do Faraó. Depois foi a mesma coisa com Mariam (Maria).
O fato de que Alcorão mencionar Maria não é apenas porque ela é a mãe do Messias. O Alcorão a apresenta por sua pessoa, e o fato de ela ter sido escolhida, de acordo com as citações proféticas, como a soberana das mulheres do mundo e que os anjos falavam com ela e estavam a seu serviço.
Isso exigiu uma mudança radical de cultura sobre a questão das mulheres. E daí decorre que a mulher tem o direito de escolher o marido, de exercer atividades econômicas, de ser educada.
Paz interna, paz social
Outra transformação trazida pelo profeta para este ambiente: A paz interior. Na Península Arábica, uma morte por motivos triviais, conflitos tribais e de clã eram habituais, guerras foram relatadas pela história, como Basus, Dahes e Gabra, entretanto, saques eram comuns.
Meca era certamente mais segura do que outras cidades. Na cidade de Medina, houve guerras entre os Aws e os Khazraj e elas foram direcionados pelas tribos judaicas que viviam lá.
O profeta alcançou a paz interna, estabelecendo paz nas mentes, nas razões, nas culturas. Graças à piedade e ao temor de Deus que ele instilou.
Mohamed decretou prescrições que proíbem qualquer agressão à vida humana ou mesmo qualquer incômodo. Usar armas contra as pessoas era condenável, pois os direitos eram iguais para todos.
O profeta até regulamentou os hábitos de retaliação entre tribos e clãs, insistindo que a vingança deve ser estritamente contra o perpetrador e não contra todos os membros de sua família.
O senso de responsabilidade é para todos
Mais ainda, Mohamed (S) incutiu no povo um senso de responsabilidade e os encorajou a abandonar o egoísmo. O homem da Jahiliyat se comprometia consigo mesmo e vivia apenas para si, para seu descanso, seu luxo, sua opulência, sua satisfação e para seus caprichos. A família veio no segundo lugar e, por extensão, em terceiro lugar, seu clã. Não havia nação árabe. A tribo era o teto da sociedade.
O profeta estabeleceu a concepção de responsabilidade para todos os humanos na vida da terra e no Dia do Juízo final.
O ser humano deve ser responsável por sua pátria, seu povo, sua sociedade, cuidar dos pobres, os órfãos e os oprimidos.
O profeta transformou em 23 anos, por meio de sua diligência e abnegação, esses seres rudes e egoístas em humanos dispostos a ajudar os outros, a se sacrificarem pelos outros com seus bens, seus dinheiro, seus filhos e até sua própria alma.
É assim, para diante, os companheiros do profeta competiram entre si para se sacrificarem pela mensagem islâmica, pelo bem do povo e pela sua dignidade.
Você sabe quem são os mais valiosos com Deus?
As pessoas mais valiosas em relação com Deus são aqueles que servem, socorrem, salvem e protegem as pessoas evitando magoa-los e fazer mal a eles. Quem conhece os direitos dos irmãos e trabalha para cumpri-los é quem tem a maior estima por Deus.
É claro que, de acordo com a citação profética, o sentido de responsabilidade é exercido em vários níveis, de acordo com as capacidades de cada um: pode ser ajuda de trabalho voluntário, com dinheiro, armas ou esforços físicos mesmo. Ajuda também com as falas, isto é, expressando como apoio verbal, alto e claro. Apoio através do coração, quando a expressão traz perigo, por implicitamente lamentar ou apoiar.
Apoio à Palestina, dever de todos
Vou agora abordar vários problemas
O primeiro assunto depois da comemoração da lembrança do Profeta é o da Palestina, que é um assunto consensual, pois o povo palestino é um povo oprimido, torturado, que sofre de tudo, de cerco, crise econômica, longo registro de detidos, deslocados internos e externos, suas terras são ocupadas, seus lugares sagrados são usurpados.
Cada ser humano, mesmo que não seja crente, não pode ser indiferente às injustiças de seus vizinhos, de outros humanos.
O Profeta nos ensina a assumir a responsabilidade pela causa do povo palestino. Podemos ajudá-los por todos os meios possíveis.
Caso contrário, obriga-se pelo menos expressar uma posição de apoio, esta é a menor das responsabilidades, enquanto alguns líderes renunciaram à causa Palestina. O silêncio não é permitido, especialmente nos dias de hoje temos inúmeras maneiras de fazer levantar a voz. E se isso é difícil, pelo menos podemos reagir em nossos corações, ou seja, de forma implícita.
Os regimes americanos e árabes querem que as pessoas amem Israel e defendam os seus alegados direitos, querendo de nós a normalização das relações com este inimigo sionista.
Todos podem lutar, pois esta batalha está enfrentando a padronização das relações no mundo.
No Bahrein, os clérigos que publicam declarações condenando essa normalização o fazem apesar das ameaças às suas vidas, por alguns dias vimos jovens do Bahrein tomando a ruas para protestar contra a abertura da Embaixada de Israel, mesmo sabendo que seriam reprimidos e capturados.
Enquanto os iemenitas, que estão em guerra feroz, disseram que querem fazer parte da equação de defesa de Al-Quds, e isso claro, é uma expressão de seus sensos de responsabilidade.
Quando a conferência de padronização foi organizada na cidade de Erbil, foi um balão de experiência. Mas como todos no Iraque assumiram uma posição firme e contraditória, seus organizadores recuaram. O objetivo desta reunião foi examinar as reações.
Esta batalha contra a normalização deve ser travada e as consequências devem ser suportadas. Este é um dos deveres de casa mais básicos.
Dever de denunciar a guerra do Iêmen
O segundo assunto: Iêmen. Desde o início, nos posicionamos a favor desse povo oprimido e agredido há sete anos, nos disseram que estávamos cometendo um erro ao apoiá-lo.
Uma pergunta que precisa de respostas é: Qual é a posição dos religiosos, dos povos, até mesmo do mundo diante desta guerra.
Na ONU e no Conselho de Segurança que reconhecem os direitos dos povos, olha nos últimos dias, vozes de uma posição popular de centenas de milhares de pessoas expressando o apoio e levantando a bandeira desse movimento religioso e do jihad.
Em vez de condenar a vítima, você deve pressionar o carrasco. Os iemenitas querem seriamente que a guerra termine, querendo também que o embargo seja suspenso.
Devemos denunciar este crime que dura já sete anos.
Denunciar o Daesh
O terceiro assunto é o do Daesh e seus crimes contra humanos e contra a religião do Profeta (S). Pessoas são massacradas em mesquitas e igrejas em atentados suicidas, apesar disso, o mundo não reage sabendo que o Daesh são os responsáveis. Os planos eram de separar as pessoas para enfraquecê-los.
É um dever defender o profeta e seu nome. É a responsabilidade dos muçulmanos, religiosos, elites e movimentos islâmicos. As pessoas têm que enfrentar este grupo selvagem e criminoso que distorce a imagem do profeta e dá a pior imagem desde a revelação. Nunca houve um exemplo tão infestante na história.
No Afeganistão, homens-bomba são enviados às mesquitas, mas ninguém diz nada e nem mesmo ousa condenar apesar de que isso é contra o espírito do Islã.
Unidade islâmica, fator de vitória
A questão da unidade islâmica foi trabalhada longamente desde a vitória da revolução.
Nem o Imam Khomeini nem o Imam Khameneí imaginam a unidade islâmica como uma unidade funcional entre as diferentes escolas islâmicas, que quer eliminar as diferenças entre elas. O conceito de unidade islâmica que foi lançado foi sobre solidariedade, complementaridade entre os muçulmanos e, acima de tudo, evitar conflitos e danos entre si.
Onde os muçulmanos se aproximaram e ajudaram uns aos outros, eles se tornaram vitoriosos. Exemplo é a Resistência no Líbano e os palestinos também. O Eixo da Resistência onde há sunitas e xiitas é um fator de força e vitória.
Quando trabalhamos juntos seremos poderosos. Portanto, os nossos inimigos vão sentir raiva e medo da nossa força, e irão inventar qualquer problema e criar guerras para tentar separar a nossa união e destruir a nossa força, aproveitando das nossas falhas e erros.
Uma das grandes responsabilidades do Ulama e da elite é prevenir qualquer coisa que possa afastar as escolas islâmicas umas das outras.
Entre os xiitas, há pessoas que são contra isso e estão trabalhando para destruir os laços entre os muçulmanos. Alguns deles fazem parte dos serviços de inteligência estrangeira. Outros o fazem por convicção. É o mesmo que os sunitas e os EUA sabem jogar com isso e driblar os assuntos.
Caso de Tayyouné
Sobre o caso do massacre de Tayyouné, já falei bastante sobre ele na segunda-feira, mas hoje garanto que estamos acompanhando de perto a investigação que me parece séria, precisa, detalhada e corajosa.
A condenação política e popular daqueles que cometeram o massacre e não conseguiram provocar uma guerra civil deve continuar até o final.
Ao saudar a coragem, a sabedoria e a paciência dos familiares e parentes dos mártires.
Se o gás e o óleo estiverem em perigo, vamos agir
A demarcação das fronteiras marítimas e da zona econômica disputada pelo Hezbollah, já tínhamos dito no passado que não vamos nos manifestar sobre o assunto que trata da linha de apoio 23 ou 29, portanto, cabe ao Estado decidir.
Mas o que eu quero dizer neste discurso, em relação o que está sendo feito, segundo a mídia, que o inimigo israelense recrutou uma empresa para a qual instruiu para iniciar a exploração na área disputada com o Líbano. Mas, nos estamos esperando os próximos passos e claro, continuamos a coletar informações sobre o assunto. Quero avisar o inimigo israelense de uma maneira clara e franca: « Tamanha capacidade da resistência e o numero dos combatentes que eu mencionei na segunda feira passada é destinado para defender o Líbano e proteger as suas riquezas, tanto na terra (seu solo), tanto no mar (seu petróleo, seu gás e suas águas) das ambições israelenses ».
Se o nosso inimigo pensa que pode se comportar como quiser na disputada área antes de eliminar a polêmica, está enganado e iludido. Não vou interferir agora para não complicar as negociações atuais, mas quero dizer, certamente, quando descobrir que o gás e o petróleo do Líbano na área disputada estão em perigo, a Resistência Libanesa reagirá e com certeza é capaz de atuar e lutar.
O governo deve agir
Nas negociações com o FMI não vemos nenhum problema de princípio, mas insistimos que as negociações sejam à base de uma posição real e clara e de responsabilidades considerando as condições em que vivem os libaneses.
Após a alta dos preços ultimamente e o corte dos subsídios aos hidrocarbonetos, pedimos ao governo libanês, a não anunciar que não há solução e não é permitido dizer que os cofres do governo estão vazios e não tem mais fundos, portanto, o governo não consegue reverter a situação.
Várias coisas podem ser feitas:
Lançar o cartão de abastecimento que deveria ter sido distribuído ao mesmo tempo da corte dos subsídios, temos que aumentar os salários, além disso, podemos expandir a rede de transporte público que pode ser executado em poucas semanas. Especialmente porque existe um empréstimo do Banco Mundial para este projeto, porém que está congelado há vários anos.
Portanto, não é permitido aos ministérios não fazerem nada.
Queremos lembrar aos ricos de continuarem ajudando os mais pobres, aos comerciantes de não monopolizaram mercadorias ou aumentaram os preços, e lembramos que todos devem apoiar uns aos outros.
Saber que existem soluções, mas exigem coragem em nível de uma nação.
Com a resistência continuaremos o jihad e o trabalho assíduo para responder ao chamado de Deus e seu mensageiro para libertar a terra e os sacrossantos, para que assumamos as nossas responsabilidades com sabedoria e firmeza para tomar as medidas que evitem a eclosão de conflitos, preservem a paz civil e trabalhem juntos para tirar nosso país das provações que está passando.
FIM
Source: Al-Manar