Sayyed Hassan Nasrallah disse durante a comemoração do 31º aniversário da fundação da Associação do Desenvolvimento da Jihad Al-Binaa:
« Felicito meus irmãos e irmãs pelo 31º aniversário da fundação oficial da Jihad Al-Binaa e agradeço-lhes pelos esforços em todos os seus períodos, além de prestar homenagem aos mártires desta instituição, desejo-lhes muito sucesso, pois estar em serviço do povo é um dos maiores atos de culto e de Jihad perante Deus ».
Completa Nasrallah: « As conquistas da Instituição são o resultado dos esforços de gerações de fieis que assumiram a responsabilidade da construção e o inicio foi devido à explosão da Bir Al-Abd e os danos causados aos edifícios, e 1985, foi o início de uma nova fase de trabalho do grupo da resistência, e assim, a fundação da Jihad Al-Binaa sempre fez parte da resistência e temos em comum um orgulho recíproco ».
« Além de lutar contra o inimigo israelense, o Hezbollah trabalhou em vários aspectos; incluindo política, cultura, mídia, bem como se manteve firme diante dos ataques dos inimigos e restaurou rapidamente as casas das pessoas », disse.
« O Bekaa foi um importante aliado contra as agressões do inimigo e não apenas no sul do país, a resistência foi integrada em suas múltiplas dimensões e todos os seus funcionários foram leais, então chegamos à libertação em 2000. O grande desafio foi o que enfrentamos no ano 2006, quando os bombardeios chegaram ao seu fim e a grande destruição foi aposta dos israelenses de transformar a vitória em derrota », acrescentou Nasrallah. « Contudo, os preparativos para a próxima fase e o Jihad Al-Binaa foi um dos marcos básico onde foi realizada uma pesquisa rápida e extensa e iniciada o processo de restauração, e em poucos dias, foram identificados edifícios não habitáveis », adicionou.
Nasrallah continuou que: « A experiência do pós-guerra de julho é sem precedentes na história da humanidade, Jihad Al-Binaa iniciou treinamentos vocacionais e artesanais, e para enfatizar a continuação do trabalho de reflorestamento de todas as áreas fronteiriças e não fronteiriças. O Jihad Al-Binaa lançou o projeto « Incubadora de Negócios » para treinar pessoas a terem habilidades em empregos, gerenciar sua produção, pois queremos uma sociedade ativa e forte ».
« Jihad Al-Binaa lançou o projeto de exposições « Souk Al-Mouna » que preza a venda de produtos além de estabelecer relações diretas entre o produtor e o consumidor. Eu gostaria de prestar homenagem especial a este tipo de exposições », Nasrallah disse.
Sayyed explicou: « Um dos trabalhos mais destacados da Instituição Jihad Al-Binaa foi o « Projeto Abbas », onde 134 reservatórios de água potável foram disponibilizados, financiados pelo Irã. Este projeto ainda está em andamento e esperamos que continue até o dia em que o problema seja resolvido no subúrbio sul ».
Sua Eminência continuou: « O problema no Líbano e’ que se tem falta de visão ou seriedade na organização de prioridades, portanto, precisamos de setores produtivos. Nosso país é capaz de possuir um bom setor agrícola, mas , não temos uma política no estado de desenvolver a agricultura, apoiá-la e ativá-la ».
Ele disse: « Peço apoio e encorajamento ao setor agrícola e aos agricultores através da proteção e assistência do governo, encontrando mercados, desenvolvendo um plano abrangente e fortalecendo as áreas rurais, a fim de garantir oportunidades de emprego no campo agrícola e fortalecer a família para retornar à nossa boa terra e seus benefícios ambientais, de saúde e psicológicos ». « A desintegração das famílias é um perigo que deve ser enfrentado preservando as pessoas e a terra ».
Nas discussões do orçamento governamental, Nasrallah disse: « Pela primeira vez, o Grupo de lealdade à resistência votou no orçamento devido a vários fatores, incluindo a difícil situação econômica e a necessidade de cooperação para enfrentá-lo. Desde o início da pesquisa orçamentária, decidimos assumir a responsabilidade e nos engajamos em discussões sérias. Tomando algumas observações básicas que fizemos e sentimos que, se votássemos com o orçamento, obteríamos alguns ganhos para o benefício das pessoas, incluindo o imposto sobre a gasolina e exceção da excluiríamos a Universidade Libanesa dos planos de emprego ».
Nasrallah continuou que : « Sob o título de garantir oportunidades de emprego para os libaneses, uma colisão ocorreu com os trabalhadores palestinos. Infelizmente no Líbano, tudo é politizado e cada um incita o outro, e um exemplo bem claro que, alguns estão incitando o Hezbollah e o Hamas a apoiar as manifestações palestinas ».
Explicando: « O trabalho dos palestinos deve ser resolvido em uma base moral e humanitária. Em nossa opinião, há uma diferença entre o trabalho dos palestinos e outros estrangeiros, porque os palestinos não podem retornar ao seu país ocupado. A questão que a causa palestina está entre os acordos nacionais e regionais tanto para os libaneses quanto para os árabes. Por isso, não há conexão entre o trabalho dos palestinos e do assentamento, isso deveria ser claro, e para o manejo tranquilo da questão do trabalho palestino, diálogo libanês-palestino está em andamento ».
Sayyed Nasrallah disse: « Hezbollah não governa o Líbano, porém, recebemos muitas incitações que acusam o nosso partido de ter governo próprio contra o governo nacional. Na verdade o que acontece é contra a nossa vontade, e se fosse o Hezbollah quem governasse o país, desde o primeiro dia, mandariamos o incidente Qabrshmoun ao Conselho de Justiça ».
« Estes incitações têm objetivo de acusar o Hezbollah por todos os erros e danos no país, para virar o mundo contra o nosso partido, por isso, este assunto deveria ser abordado do ponto de vista judicial », acrescentou.
Ele disse que: « Os nossos inimigos entendem mal as nossas relações com nossos aliados, nós respeitamos nossos aliados e não queremos obrigar ninguém a aceitar a nossa opinião, nós não temos 2 faces. Aqui temos um assunto em particular, è a questão Qabrshmoun, foi quando o príncipe Talal Arslan, pediu para transferir o arquivo para o Conselho Judicial, ficamos com ele sem interferir na sua decisão, pois este aliado, quase foi assassinado ».
Nasrallah apontou: « É injustiça dizer que o pedido do príncipe Talal Arslan de encaminhar o processo de Qabrshmoun ao Conselho de Justiça é uma tentativa do Hezbollah e da Síria de derrubar essa liderança ou essa pessoa. Quero deixar claro que quando temos um problema com alguém o avisamos diretamente porque não somos fracos e temos toda a coragem e o direito ».
Adicionando: « Esperamos que os líderes da comunidade drusa cheguem a um entendimento e nós discutiremos o arquivo de Qabrshmoun no governo, e isso é normal porque houve um ministro que quase foi morto, portanto, estamos com ele e ninguém tem que escapar da sua responsabilidade. Se fomos convidados para uma reunião do governo, participaremos para poder resolver o problema sem pressionar o Principe Arslan ».
« A invencao israelense de que o Hezbollah está usando o porto de Beirute para entrada de armas, esta alegação é destinada à tutela do porto e do aeroporto e da fronteira para alcançar o que eles perderam na guerra de julho », avisou Nasrallah.
Sayyed Nasrallah denunciou a política israelense de demolição em Jerusalém, pois isso vem como parte da execução do plano « Acordo do Século ». « Reconhecemos as decisões do presidente da Autoridade palestina para impedir a implementação dos acordos assinados com o inimigo, mais o fato é que o israelense teme interromper a coordenação de segurança com ele ».
Source: Al-Manar