Discurso do Secretário-Geral do Hezbollah, Sayed Hassan Nasrallah na quarta-feira, dia 25 de Maio de 2022, às 20h30, por ocasião do Dia da Resistência e da Libertação, onde aborda uma série de desenvolvimentos políticos.
Redação do site
O Secretário-Geral do Hezbollah alertou contra qualquer ataque à mesquita de Al-Aqsa e aos sacrossantos muçulmanos e cristãos na cidade sagrada de Al-Quds, assegurando que causará danos irreparáveis e explodirá a situação na região.
Durante seu discurso transmitido pela televisão Al-Manar por ocasião do Dia da Libertação e da Vitória, comemorando a retirada israelense do Sul do Líbano no ano 2000, comentou a decisão tomada pelos israelenses de permitir a organização da marcha das bandeiras que atravessarao os antigos bairros de Al-Quds e dos palestinos.
“Isto constitui uma provocação e um grande perigo, sobretudo se entrarem na esplanada das mesquitas, porque certas organizações extremistas afirmam querer destruir a Cúpula da Rocha”, alertou.
Informando que todas as facções da Resistência palestina foram unânimes em condenar esta decisão, prometendo retaliar, afirmou que: “Qualquer ataque à mesquita de Al-Aqsa causará uma grande explosão na área e culminará na comissão do irreparável”.
Considerando que: “O inimigo israelense está em situação de crise e sofre de uma aguda divisão interna”, alertando o governo contra :“Qualquer passo que corra o risco de ser catastrófico na existência desta entidade temporária”.
Em seu discurso, o líder do Hezbollah lançou um novo apelo aos líderes libaneses para : »Terem um pouco de coragem » para iniciar as obras de exploração dos recursos marítimos de petróleo e gás libaneses, que segundo ele permitiriam salvar o Líbano de sua atual crise.
“Os libaneses se deparam com duas escolhas: Ou ser rico e poderoso, ou ser fraco e mendigo nas portas de organizações internacionais, embaixadas e países do Golfo que nunca darão o suficiente para salvar o Líbano”, acrescentou.
Segundo ele, é sobre esta questão que deve haver um consenso entre os vários protagonistas libaneses, porque é a mais iminente, e não a do armamento da Resistência que poderia, no entanto, ser objeto de um debate nacional para acordar meios apropriados para defender e proteger o Líbano.
Lembrando que em nenhum momento a Resistência contra o inimigo israelense foi unânime entre os vários protagonistas libaneses, desde o início das operações, “Alguns o apoiando inteiramente, enquanto outros o rejeitaram e questionaram, e alguns não comentam nada”, respondeu Nasrallah às declarações feitas recentemente por alguns atores políticos libaneses.
“Disseram-nos, quem pediu para vocês defenderem e protegerem o Líbano? Que pergunta maliciosa, imoral e hipócrita. Pergunte a alguém que vê sua terra invadida, suas casas destruídas, seu povo massacrado, por que está resistindo e se defendendo”, respondeu.
“É nosso dever nacional, humano, moral e religioso que dita que nos defendamos e resistimos”, disse ele.
Segundo ele, alguns partidos no Líbano não veem ‘Israel’ como uma entidade inimiga do Líbano e é aí que está o problema no Líbano.
Em seu discurso, Sayed Nasrallah falou longamente sobre as façanhas alcançadas pela retirada israelense do Líbano no ano 2000.
“Conseguimos destruir a imagem do exército invencível, abortando o projeto do Grande Israel e assim voltou à esperança aos palestinos em sua libertação”, lembrou Nasrallah, entre outras coisas. « Este é um dos feitos mais brilhantes da história moderna do Líbano. É uma vitória que foi recebida com orgulho em nível árabe, islâmico e nacional », acrescentou. Acolhendo todos aqueles que contribuíram para a sua realização, liderados pelos mártires da Resistência e os líderes, além dos feridos da guerra e os combatentes.
As principais ideias do discurso
Um dia de felicidade para todos… Obrigado
Neste dia gostaria de enviar-lhe os minhas melhores congratulações
Se tivéssemos que procurar um dia de felicidade desde a ocupação em 1982 e antes, não encontraríamos um dia tão feliz entre todos os libaneses como este. A maioria dos libaneses sentem orgulho dessa libertação e comemoram este dia feliz.
As pessoas mais felizes eram provavelmente os moradores da faixa de fronteira que estava sob ocupação israelense e os moradores das áreas vizinhas, o cinturão de segurança como eles chamavam.
Devemos agradecer primeiramente a Deus que cumpriu sua promessa, realizando o desejo do povo oprimido que não admitiu injustiça e lutou por todos os meios.
Não esperamos ajuda dos regimes árabes, as Nações Unidas ou a comunidade internacional.
Agradeça a Deus por dar aos resistentes a força de vontade, paciência e perseverança e, finalmente, conceder-lhes vitória e dignidade.
Agradeço a Deus e aos súditos de Deus por meio de quem Deus deu esta vitória com seus braços. Agradeço a todas as facções da Resistência, em todas as regiões de todas as comunidades.
Devemos agradecer a todos os mártires que sacrificaram suas vidas abençoadas e as famílias dos mártires, que fizeram esses sacrifícios e a perda de seu filho incansavelmente, com toda fidelidade.
Devemos mencionar os mártires do Hezbollah e do movimento Amal. Devemos agradecer a todos os feridos da guerra que perderam seus membros e órgãos e agradecer suas famílias…
Devemos agradecer aos detidos que foram presos em prisões e campos inimigos no Sul e nos territórios palestinos e suas famílias. Devemos agradecer aos combatentes, seus líderes que passaram a vida nos campos de batalha que lutaram, planejaram e passaram as noites e os dias nas zonas de combate.
Devemos agradecer ao povo, aos habitantes que permaneceram em suas terras e casas na faixa de fronteira e se recusaram a deixar suas regiões que estavam sob ocupação.
Devemos agradecer a todas as forças nacionais e islâmica de todas as regiões: em Beirute onde houve mártires, nas montanhas, em Khaldé e Hadath, em Saida, no Bekaa e no Sul, no Norte e em Trípoli. Devemos agradecer ao Exército Libanês que colaborou plenamente com a Resistência, especialmente nos anos 90.
Devemos agradecer ao Exército Sírio que teve mártires na batalha de Yaacoub. As facções da Resistência palestina devem ser agradecidas. Devemos também agradecer aos presidentes resistentes: O presidente Émile Lahoud, o primeiro-ministro Salim al-Hoss e o chefe do parlamento Nabih Berri.
A nível regional, agradecemos àqueles que nos ajudaram, sabendo que a maioria dos regimes árabes não se preocuparam de forma alguma. Com exceção da Síria que apoiou, protegeu a retaguarda da Resistência e deu tudo, assim como a República Islâmica que nos deu grande ajuda em todas as frentes, desde os primeiros dias do lançamento da Resistência e a ela devemos agradecer especialmente a Haj Qassem Soleimani pela assistência que nos deu nos últimos anos antes da retirada.
Obrigado pela mídia especialmente Al-Manar e a rádio Nour.
Leia a história para descobrir quem são os verdadeiros soberanos
Ao celebrar esta ocasião, deve-se ter uma ênfase na leitura da história moderna para aprender com ela e entender o que está acontecendo em nosso país e o que será dele.
Todos que têm meios devem falar sobre isso e anotá-lo.
Devemos mencionar o sofrimento dos libaneses no final da invasão israelense em 1982, e o que aconteceu nas aldeias, nas cidades, os massacres cometidos, os deslocamentos e os movimentos migratórios causados, a dor.
As novas gerações precisam saber o que aconteceu. Eles precisam conhecer a Resistência das pessoas entre 1982 e 2000: Como chegaram às suas áreas ocupadas, bloqueios de estradas, prisões, torturas nas prisões, massacres de crianças, bombardeios de aldeias. É assim que podemos entender a importância deste dia.
Devemos lançar luz sobre a ferocidade do inimigo, sua agressividade, para que os libaneses e os povos da região conheçam bem a realidade desse inimigo.
Devemos lembrar todos os sacrifícios feitos, a libertação não foi uma caminhada ou uma oferta de Israel ou da comunidade internacional.
Os custos foram muito caros, as lutas incansáveis dos mártires, as operações especiais da Resistência, as guerras de 1993 e 1996, os deslocamentos, as destruições, uma vida sem segurança.
Essa vitória não foi gratuita, não foi alcançada apenas com orações, foi alcançada pelas armas, inteligência, vontade e a perseverança dos combatentes.
Devemos lembrar a realidade das posições de certos partidos e pessoas no Líbano durante a invasão israelense em 1982, depois a ocupação de 1982 e após a retirada de Beirute e das montanhas, até a faixa da fronteira e até depois a libertação.
Alguns apoiaram e admitiram essa invasão, outros recusaram e lutaram, além de quem ficou à margem.
Tudo isso para saber quem são os verdadeiros soberanos, aqueles que estão realmente apegados à soberania do Líbano, e querem que o povo seja unido lutando para um país livre e soberano.
São essas posições que desvendam a verdade dos líderes, das elites, do povo.
As façanhas da vitória do ano 2000
O feito alcançado no ano 2000 é o maior da história moderna em pelo menos 22 anos, um feito brilhante e decisivo.
E os libaneses o acolheram, mesmo aqueles que se afastaram com honra e orgulho.
Há alguns feitos para lembrar brevemente:
– A libertação de todo o território libanês com exceção das aldeias de Chebaa e das aldeias de Kfarchouba e da aldeia de al-Ghajar.
– A libertação de todos os detidos libaneses em solo libanês.
– Deu provas da capacidade da resistência para superar.
– Quebrou a imagem do exército invencível.
– Inspirou a esperança de poder derrotar o inimigo e libertar a Palestina.
– Cravou o prego na cova do projeto da Grande Israel: Um exército que não pode ser mantido no Líbano que é considerado o mais fraco, como poderia alcançar Israel do Eufrates ao Nilo?
– Derrotou a milícia colaboradora e abortou o plano israelense de mantê-la na região da faixa de fronteira após a partida israelense. Graças à rápida ação da Resistência e ao surpreendente retorno das pessoas às suas aldeias, esta conspiração foi abortada.
– Consagrou a equação de dissuasão estabelecida desde 1996 e segundo a qual a Resistência tem o direito de bombardear áreas civis israelenses em resposta ao bombardeio de áreas civis libanesas.
– Foi o motivo para a eclosão da intifada na Palestina alguns meses depois.
– Desde retirada incondicional, o Exército Israelense está em declínio. Pois houve a segunda intifada palestina, a retirada dos israelenses de Gaza, as batalhas ocorreram dentro da Palestina e que atingiram seu clímax com a Batalha Da Espada de al-Quds.
Em 2000, foi o Ex-Primeiro-Ministro israelense Benjamin Netanyahu quem alertou para isso ao dizer que o curso histórico do Estado de Israel se inverteu desde a retirada israelense no ano 2000, passando pela retirada de Gaza e terminando com a guerra de 2006.
Desde o discurso da « Casa da Aranha », a consciência dos líderes políticos e militares israelenses foi profundamente marcada. Hoje os israelenses vivem o complexo da 8ª década, e se perguntam se sua entidade conseguirá completar as oito décadas de sua existência, pois eles estão em seu 74º ano.
Devemos lembrar a façanha moral que a Resistência alcançou ao revelar sua verdadeira identidade, sua verdadeira cultura, sua ética: A saber, como os resistentes se comportaram com os colaboradores do grupo do Lahed, que praticavam massacres contra o povo, e como queriam fugir para a terra do inimigo depois da retirada dos israelenses. Entretanto, não houve disparos contra eles e ninguém matou nenhum foragido deles, foi o inimigo que fechou as portas na frente deles.
Outro aspecto, essa resistência não monopolizou o projeto da resistência nem a vitória, ao contrario, agradeceu a todos pelos 22 anos, reconheceu a contribuição de todos aqueles que lutaram e deram mártires e detidos de todas as facções, cristãos e muçulmanos.
Nós nunca quisemos assumir
Essa Resistência, quando conquistou a vitória, que também está relacionada à sua base moral, deveria ter tomado o poder ou se tornado parte integrante do poder.
A única resistência que conhecemos que vence e não toma o poder é a resistência islâmica contra o inimigo. Outros poderiam ter reivindicado esse poder, teriam mudado o regime político vigente, teriam exigido vantagens e participações maiores.
Saiba que não lutamos para tomar o poder, mas para defender nosso país, para restaurar sua soberania e dignidade. Esta é a luta no caminho de Deus, este é o seu significado mais real.
Quando voltamos ao parlamento foi apenas para defender a Resistência.
E em 2005, quando entramos no gabinete ministerial foi para proteger a retaguarda da Resistência. Lembrei àqueles que afirmam que o Hezbollah queria o poder.
Nossa presença é defender a retaguarda da Resistência e defender os interesses das pessoas. Em 2005, alguns países ocidentais pensaram que se voltássemos ao poder e entrássemos no governo, seríamos seduzidos e admitiríamos concessões.
Não precisamos da permissão de ninguém para proteger nosso país.
Algumas pessoas nos perguntam: Quem lhe deu a tarefa de resistir e defender o país? Que pergunta é essa? Mais da metade do país estava sob ocupação do exército israelense, que pretendia ficar, construir assentamentos e roubar os recursos hídricos libaneses. A pergunta é o que o Estado libanês fez?
Esta pergunta ilustra a decadência moral, a malevolência e a má-fé. Pergunte às pessoas cujas vidas e propriedades estavam em perigo por que estão resistindo.
Dizemos-lhes que é o nosso dever humano, a nossa consciência, o nosso espírito livre que nos tem cobrado para não perdermos a nossa pátria. É nosso dever moral, nacional e religioso.
Hoje, é a mesma lógica que se transmite e a mesma pergunta que se faz: Quem lhe pediu para proteger o Líbano? O problema é que alguns não acreditam que Israel seja um inimigo. Por isso estão fazendo essa pergunta. Pois as ações da nossa Resistência abortaram o projeto israelense ao qual os pertenciam.
Eles não pensam que os israelenses cobiçam os recursos hidráulicos e petrolíferos do país. Eles afirmam que o Líbano não está ameaçado e não se perguntam como proteger o Estado, seus recursos e sua integridade territorial.
A questão começa aí: Israel é realmente um inimigo para eles?
A nossa resposta é: Protegemos o Líbano por dever humano, nacional e religioso, não precisamos da permissão de ninguém para fazê-lo.
Isso é uma lição para as futuras gerações aprenderam a lutar e valorizar o país e sua soberania.
Essa Resistência sempre venceu e lutou contra um pano de fundo de divisões dentro dos libaneses, pois nunca houve um consenso em torno da resistência.
Alguns meios de comunicação e grandes referências políticas quando falaram do Sul do Líbano durante a ocupação israelense, disseram que por causa do círculo de violência, segundo eles, os mártires foram mortos. Eles nunca disseram mártires.
Nunca houve um consenso em torno da Resistência
Hoje, relembro que a Resistência que venceu em 2000 e 2006 nunca foi unânime entre os libaneses. As divisões políticas em torno da resistência sempre existiram.
Aqueles que dizem que havia consenso, antes da resistência começar a lutar na Síria, em 2013, e desempenhar um papel regional, não estão dizendo a verdade. Este nunca foi o caso. A Resistência alcançou a libertação e depois a vitória no contexto das divisões internas e continuará a fazê-lo para proteger o Líbano, independentemente das divisões. Não vamos esperar pelo consenso nacional para fazê-lo.
Essa proteção foi engendrada pela vitória no ano 2000 e continuará.
Este debate no Líbano sobre a Resistência é antigo e, para ser realista, continuará.
Cada um usa seus bens, suas justificativas, suas teses e se apegará a eles.
Mas neste momento, a Resistência, depois de ter sido vítima de brechas de segurança, pelo assassinato de seus líderes e depois de ter sido vítima da guerra, depois de ter sofrido a última campanha pela pressão sobre aqueles que a apoiam diretamente, esta Resistência está mais presente do que nunca, mais afirmada do que nunca, graças ao seu ambiente e às suas pessoas firmes.
Este debate pode continuar indefinidamente, sem alcançar qualquer resultado.
Algumas forças políticas são enganadas por causa de sua má fé: Quando oficiais do Hezbollah levantam suas vozes, eles dizem que o Hezbollah está nos ameaçando. E quando outros líderes estão calmos dizem que ele é abraçado. Estas são falhas em suas compreensões e intenções.
Eu gostaria de dizer a eles nesta comemoração: Desde 1982, o Hezbollah nunca foi tão poderoso militarmente, seguramente, politicamente, no nível popular e regional.
As condições regionais nunca foram tão boas como agora. A Resistência é mais forte do que você imagina e sentimos que estamos mais fortes do que nunca.
Quando propusemos adiar o debate sobre armar a Resistência e colocar questões vitais e econômicas em primeiro lugar: Eletricidade, moeda nacional, pão, gasolina,… porque estávamos pensando nos problemas das pessoas, a inflação está alta e o dólar chegou a 34 mil liras libanesas.
Já deve haver um Estado para nos pedir para entregar nosso armamento, sabendo que as instituições do Estado estão a caminho do colapso: O mesmo para o Exército Libanês cujos salários perderam seu valor.
Não se engane com falsas promessas, precisamos de força e união a favor de uma parceria com todas as partes. Alguns nos criticam por assumirmos a decisão de guerra e paz sabendo que havíamos dito que estávamos prontos para discutir essa questão e sobre os meios para defender o país e protegê-lo.
Os libaneses têm que saber escolher
Temos duas escolhas: Uma o Líbano poderoso e rico ou um Líbano impotente e miserável.
O Líbano é poderoso por sua equação de ouro « Exército, povo e Resistência ». Essa equação garantiu a libertação em 2000, depois a vitória em 2006 e pode garantir a proteção do Líbano e seus recursos para sempre.
Não vou deixar de reclamar em todos os discursos: O que estamos esperando para explorar o nosso tesouro em nossas águas territoriais? O último estudo afirma que estes recursos estão em torno de 500 bilhões de dólares.
Na mídia lemos que os europeus assinaram contratos com o inimigo para obter hidrocarbonetos e desistir do petróleo russo.
Com esta riqueza podemos reconstruir o Líbano, parar o colapso, melhorar a situação da moeda nacional e nos tornaremos um estado rico.
Queremos um estado rico e não no Líbano impotente e mendigando às portas das organizações internacionais, dos países do Golfo. Toda essa ajuda nunca resolverá os problemas do Líbano.
O consenso libanês deve começar com esta questão para proteger esses recursos e explorá-los para melhorar a situação de todos os libaneses, o que é possível e ter apenas um pouco de coragem. Temos que superar o medo da reação dos Estados Unidos.
O governo do inimigo não deve cometer o irreparável
Último ponto sobre a questão palestina na qual eu gostaria de alertar ao Líbano que poderia estar mais preocupado, assim como os países da região, os povos da região e as potências mundiais.
Nos próximos dias haverá ações que podem acontecer em Al-Quds e causar danos irreparáveis. Há a marcha das bandeiras para entrar nos antigos bairros de Al-Quds e dos palestinos. Isso constitui uma provocação para as pessoas e confrontos com os habitantes desses bairros. O mais grave sera’ entrar na esplanada das mesquitas e atacar os lugares. Especialmente porque algumas organizações declaram que devemos trabalhar para destruir a Cúpula da Rocha.
O governo do inimigo deu permissão e as facções da Resistência prometeram unanimemente que vão revidar e assim as coisas podem dar um grande estouro na Palestina.
Quero dizer ao governo do inimigo e a todos aqueles que se consideram preocupados com a situação na região que qualquer ataque à mesquita de Al-Aqsa e à Cúpula da Rocha explodirá toda a região.
Isso constituirá uma provocação a todos os povos árabes e islâmicos e a todas as pessoas e povos livres.
Qualquer ataque na cidade de Al-Quds aos sacrossantos cristãos e islâmicos causará uma grande explosão e levará a danos irreparáveis.
Os israelenses estão mais fracos do que nunca
Os sionistas não estão à vontade, têm o complexo da 8ª década e temem que sua entidade não consiga completar os 80 anos, pois estão agora no 74º ano.
Segundo a mídia israelense, o primeiro-ministro Bennett disse a uma audiência que o que mais o preocupa é o nível de ódio entre o povo israelense e as divisões internas, muito mais do que o Irã e a Resistência, porque essa divisão os paralisa inteiramente devido a essa forte polarização.
Vimos como soldados israelenses escalam a montanha, vimos como interceptaram o drone pensando que pertencia à Resistência.
O inimigo está em crise interna e sofre de divisão interna aguda em comparação com o passado, nunca esteve tão fraco e impotente. O governo do inimigo não deve dar um passo cujas consequências sejam catastróficas e comprometam sua presença temporária.
Os povos e governos da região, apesar de suas preocupações internas, devem estar atentos ao que está acontecendo ao nosso redor e que pode ter consequências perigosas. Isso vai depender da estupidez do inimigo…
Eu gostaria de salientar sobre as grandes manobras israelenses com que eles bateram em nossas cabeças e que está em sua 3ª semana, que nós estamos sempre em guarda e em estado de mobilização para retaliar a qualquer derrapagem.
FIM
Source: Al-Manar