Discurso do Secretário-Geral do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, por solenidade a memória dos líderes dos mártires no domingo 16 de fevereiro de 2020 .
Redação do site
Todos os povos da região devem lutar contra os Estados Unidos em todas as frentes, e não apenas militares, eles são a fonte de todos os males que sofremos, afirmou o Sayyed Hassan Nasrallah, como sua primeira recomendação no seu discurso proferido neste domingo, 16 de fevereiro.
« Temos que fundar uma frente de resistência diversificada e global para enfrentar os EUA ».
Sayyed Nasrallah proferiu seu discurso, via tela, em um festival realizado nos subúrbios do sul de Beirute e em várias comunidades no norte e sul do Líbano, para comemorar o martírio dos líderes da r
Resistência Islâmica no Líbano: O Cheikh Rageb Harb, que fundou a resistência popular contra a ocupação israelense em 1982, Sayyed Abbas Moussawi, o então secretário geral do Hezbollah, e Haj Imad Moughniyeh, o primeiro líder militar da Resistência Islâmica. Sayed Nasrallah também prestou homenagem ao general da Guarda Revolucionária Qassem Soleimani, o vice do líder do Hachd AL-Chaabi Abu Mahdi AL-Mohandes e seus oito companheiros iranianos e iraquianos.
De acordo com Sayyed Nasrallah, o governo americano recentemente cometeu dois crimes principais: o assassinato do general Soleimani e o de ter anunciado seu suposto acordo do século « que não é nada como um acordo, mas parece mais um plano, e nada mais”.
“Diante desses dois crimes, estamos enfrentando um novo desafio. Estamos entrando em uma nova fase de confronto contra o grande Satanás », assegurou, estimando que os EUA estejam por trás de todas as guerras, todos os males, todos os sofrimentos e fomes, todos os massacres cometidos contra os povos da nossa região.
Este confronto « não será apenas militar, deve se alternar em todas as frentes, mídias, órgãos jurídicos, organismos internacionais, boicote em todo o mundo islâmico árabe », sugeriu. Sayed Nasrallah acredita que esse confronto também é inevitável porque os Estados Unidos estão em um estado de « ofensiva, guerra, liquidação de nossos interesses, violações de nossos direitos e usurpação da nossa riqueza ».
Segundo ele, mesmo que todas as administrações americanas sejam responsáveis pelos males que assolam o Oriente Médio, mas a administração Trump é de longe « a mais selvagem, a mais arrogante, a mais despótica » de todas.
A segunda recomendação do líder do Hezbollah é mais local, pois tem relação ao novo governo libanês de Hassan Diab. Ele pediu aos vários protagonistas e partidos libaneses que lhe dessem uma chance, pois este é « a última chance antes do colapso do Líbano ».
« Não devemos lançar uma campanha de incentivo contra esse gabinete, ao contrário, precisamos aprestar ajuda em todas as habilidades disponíveis », porque o destino do Líbano e de todos os libaneses depende disso.
Sayyed Nasrallah disse que o Hezbollah fará todo o possível para chegar a um acordo que possa impedir o colapso econômico e financeiro do Líbano.
OS PRINCIPAIS TEMAS DO DISCURSO
Em nome de Deus Clemente, o Misericordioso
« Deus comprou aos crentes do seu povo e seus bens em troca do Paraíso. Eles lutam no caminho de Deus: eles matam e são mortos ». É uma promessa autêntica que Ele assumiu sobre Si. na Torá, no Evangelho e no Corão. « E quem é mais fiel que Deus ao seu compromisso? Então, regozija-se com a troca que você fez: E este é o grande sucesso ».
Como todos os anos, celebramos a cerimônia anual desses três líderes da Resistência, todos os três caíram como mártires em dias semelhantes. Este ano, o General Qassem Soleimani e o líder do Hachd AL-Chaabi Abou Mahdi AL-Mohandes e os oito combatentes da Guarda Revolucionária e os do Hashd se juntaram ao comboio de mártires.
Também, aproveitamos esta oportunidade para estender nossos parabéns ao Líder Supremo, Imam Khamenei, a todas as autoridades iranianas e ao povo iraniano, e aos grandes mártires, pela vitória da Revolução Islâmica e pela resistência e perseverança da República Islâmica, apesar de todos os obstáculos e desafios levantados e em todas as etapas…
Essa perseverança é uma forte mensagem para inimigos e amigos. Aos inimigos que estavam apostando no colapso interno da República, sabendo que alguns argumentavam que queriam comemorar o ano novo em Teerã, apenas para citar ; John Bolton.
(Esta é uma mensagem) para amigos entre oprimidos, mujahideen, militantes, combatentes que eles podem confiar em um Estado poderoso e resistente, que continua a crescer ao longo do tempo.
Nossos parabéns também ao povo do Bahrein, que comemorou em 9 de fevereiro a sua abençoada revolução. Este povo oprimido que só reivindicou seus direitos legítimos por meios legítimos e fez sacrifícios, o martírio de seus filhos, sua mutilação e tortura, e que também continua a lutar pelo Bahrein para recuperar seu lugar normal dentro da Ummah, pois os seus líderes defendem a normalização com a entidade sionista.
Qualidades comuns
De volta aos nossos chefes martirizados
Os nossos três líderes têm qualidades em comum e são consagrados mais do que nunca com os dois novos mártires Haj Soleimani e Mohandes.
Essas qualidades estão entre outras: fé, adesão aos valores da piedade, amor às pessoas, modéstia, grande coragem. Além disso, o fato de estarem preocupados com os problemas do seu povo e quererem assumir suas responsabilidades para remediá-lo, de modo que muitos outros optaram por viver em seu conforto, realizando sua carreira, ao lado de sua família. Eles concordaram com todos os tipos de sacrifícios. Eles enfrentaram os perigos mais difíceis. Esses homens também têm em comum a confiança em Deus. Eles estão inclinados a agir sem parar, mostram muita criatividade, sentem um grande amor por Deus e trabalham para o encontro dele.
E todos eles receberam a honra do martírio nas mãos dos assassinos dos profetas e da humanidade, os americanos e os sionistas.
Ao ler o testemunho do Haj Soleimani, que recomendo a todos, somos confrontados com um homem que se banha em gnose e no grande amor de Deus, aquele que vive para Deus e trabalha noite e dia para encontrá-lo.
Estamos diante de um líder islâmico que se preocupa com sua nação e Ummah, direciona-a para seus interesses e seu triunfo. São esses exemplos que são oferecidos à nossa geração e às futuras gerações como um modelo e o exemplo a serem seguidos.
A resistência não é feita de palavras e falas. A resistência é composta de fatos, sacrifícios, realidades. A vida desses líderes foi à personificação de todos os nossos valores humanos e religiosos. Eles são uma escola viva que outros podem seguir e adotar.
Essas qualidades explicam o segredo do vínculo emocional e afetivo que observamos entre as pessoas e esses líderes martirizados.
Vimos como milhões de pessoas participaram das cerimônias fúnebres desses cinco mártires, no sul do Líbano, nos subúrbios, no Irã, no Iraque, ao longo dos anos. Essas marchas fúnebres de milhões de pessoas não são um ato político em si mesmo. É um ato de amor.
Ultimamente, no Irã, muitas pessoas não conhecem Haj Soleimani e algumas só viram sua foto nos últimos anos.
De onde vem esse amor. Isso e’ o resultado de tanto amor por Deus, então, Deus os ampliou no coração das pessoas e concedeu-lhes seu amor. Deus os honrou nesta vida aqui, como Ele fará na outra vida.
Com cada mártir uma nova fase
Com o jihad de cada um deles, e o martírio de cada um deles, passamos de fase em fase, cada vez maior. No início da resistência, o sangue do Cheikh Ragheb nos levou a uma nova fase: passamos do confronto popular ao confronto militar contra o inimigo sionista. É o mesmo com o Sayyed Abbas e depois com o Haj Imad.
Também hoje, o martírio de Haj Soleimani e Mohandes trouxe resistência por toda a região e as relações internacionais entrarão em uma nova, sensível e delicada fase.
Os combatentes da resistência e o público que os apoiam sempre carregaram o sangue juntos com as vontades desses chefes martirizados para atravessar as fases em um processo evolutivo. Hoje eles estão enfrentando um novo desafio, enfrentando uma nova evolução.
Os dois crimes de Trump
O governo Trump nas últimas semanas adicionou mais dois crimes graves a todos os crimes, quando primeiramente, matou Haj Soleimani e Mohandes e seus irmãos perto do aeroporto de Bagdá e assumiu oficialmente a responsabilidade pelo ataque. Desde então, Trump fala sobre esse crime todos os dias.
O segundo crime é o anúncio do chamado Acordo do Século. O primeiro crime servindo ao segundo. Tudo para saquear nossas riquezas e roubar os nossos sacrossantos.
Esse suposto acordo, na forma, não é único. Porque é unilateral, sem negociação com os palestinos. É um plano para liquidar a causa palestina. Originalmente, era um plano israelense que foi adotado por Trump, enquanto os israelenses sempre o propunham durante todas as negociações com os palestinos. É um plano humilhante para os palestinos, sírios, jordanianos, libaneses.
Para os palestinos, ele concede a eles um estado fantoche inviável. E não um estado em boa e devida forma.
Esse plano pode ter sucesso? Depende das posições adotadas e da persistência e apego a essas posições.
Os EUA não são nosso destino predeterminado. Quantas vezes seus planos foram derrotados, quando as pessoas resistiram e os fizeram abortar.
Posições contra o plano
Hoje, a posição essencial recai sobre os palestinos, a OLP, a Autoridade Palestina, facções da Resistência Palestina. Todos eles expressaram uma posição de rejeição do plano, categórica e firme. Apesar de todas as suas divergências. Os palestinos podem divergir nas fronteiras do estado palestino, mas nenhum deles pode aceitar um plano que possa dar a Jerusalém AL-Quds e seus lugares sagrados muçulmanos e cristãos para Israel.
Seguimos as posições expressas após o anúncio deste plano. Listamos as seguintes respostas: a reunião dos Ministros Árabes da AE no Cairo, a dos chefes dos Parlamentos Árabes em Amã, a da Organização dos Estados Islâmicos em Jeddah, a reunião na Malásia entre outras. Em seguida, as posições da Rússia, China, certos países da União Europeia ou mesmo alguns políticos e certos estados americanos.
Ninguém apoiou este plano. Foi uma recusa categórica. Nenhum Pais parece apoiar este plano. Apenas Trump e Netanyahu o apoiam.
Um consenso no Líbano, mas
No Líbano, devemos saudar o consenso dos libaneses e todas as tendências combinadas, para recusar esse plano. O Presidente da República, do Chefe do Parlamento, do Chefe do Conselho de Ministros, dos vários partidos e forças políticas. A causa é que tanto dos libaneses quanto os palestinos estão bem conscientes da seriedade desse plano, pois concede as aldeias de Shebaa e a vila de Kfarchouba a Israel e impõe o assentamento de refugiados palestinos nos países onde eles estão.
O espírito deste plano concede a Israel poderes absolutos e superiores que serão manifestados posteriormente nos acordos que deveriam ocorrer, como por exemplo nos depósitos marítimos de petróleo.
No Líbano, existe um consenso confirmado pela Constituição que recusa a colonização e a naturalização dos palestinos. É também a posição dos próprios palestinos.
Acordo: eles estão certos em ter medo
Aqueles que temem esse assentamento de refugiados palestinos têm razão em fazê-lo. Pode muito bem ser que algumas pessoas mudem de posição, dada à posição mista dos países do Golfo. Eles podem dizer que, dadas às dificuldades econômicas no Líbano, eles aceitem a ajuda financeira proposta, bem como o assentamento dos palestinos e a renuncia nas fazendas de Shebaa.
Quanto à posição dos líderes árabes, é excelente nas aparências. Mas há também a preocupação de que Trump os pressione, cada um à parte, como os americanos sempre fazem. Vimos que alguns líderes árabes disseram que vale a pena estudar esse plano e que isso é tudo o que podemos obter.
Se tivéssemos aceitado essa regra, os israelenses teriam ocupado o Líbano por um longo tempo.
Precisamente, eles podem estar dizendo aos palestinos para aceitarem com base no argumento de que isso é tudo o que podem obter e, além disso, começaram a divulgar esta versão na mídia árabe. E assim que eles pensam em mudar nossa opinião, através da mídia e jornalistas.
Mesmo se um líder árabe vier dizer que o acordo nasceu morto, isso não significa nada em si. É bem possível que seu autor queira torná-lo vivo e o imponha usando os meios mais infestados.
Os EUA não são nosso destino predeterminado
Este é um projeto sério, que deve ser levado a sério e requer ações concertadas e de longo alcance.
Ao unir o crime ao plano, ele nos levou a iniciar uma nova fase: rumo ao confronto essencial que séria inevitável. Pois o outro protagonista está na fase de ataque, na fase de guerra, com liquidação, violação de direitos, embargo, usurpação de riqueza. Ninguém venha a pensar que somos nós que queremos iniciar o confronto com os EUA. Porém os americanos estão travando uma guerra contra as pessoas que se recusam a capitular: matando seus líderes, dando AL-Quds aos sionistas e usurpando os direitos dos palestinos, libaneses e sírios.
Nossos povos se defrontam com uma administração americana, que em comparação com as anteriores, constitui o próprio protótipo de terrorismo de Estado, arrogância, ferocidade e corrupção.
Mesmo em uma conferência realizada recentemente em Berlim, vimos o jeito em que Pompeo falava com os europeus e como o ministro da Defesa americano se dirigiu à China.
Nunca vimos um governo tão arrogante, tão desdenhoso e depreciativo, que não tem outro valor senão o de seus próprios interesses. Sim, é assim que Trump se comporta. Nunca na vida política americana houve tal exemplo.
Estamos enfrentando esse desafio composto por guerras, ditames impostos pela força, liquidação da causa central.
O que impõe à nossa Ummah que quer defender sua riqueza, suas liberdades, seu presente e seu futuro não tem escolha senão a resistência global, não apenas militar, em todas as suas dimensões, cultural, jurídica, mídia, político, econômico.
Nesta batalha, precisamos de muita consciência. Devemos relatar a verdade dos fatos. Mas as pessoas que não querem vê-lo e querem escapar são como aquelas que querem fugir do seu destino.
Pedimos que não tenham medo, que tenham esperança no futuro de que os Estados Unidos e Israel não sejam nosso destino predeterminado.
A culpa é dos americanos
As guerras dos EUA diretas e indiretas são inúmeras. Tudo o que se relaciona com a defesa de Israel está ligado com os Estados Unidos.
Ontem, Pompeo insultou uma organização internacional por ter revelado à luz de resoluções internacionais a lista de organizações que trabalham ilegalmente nas colônias da Cisjordânia. No entanto, eles estavam apenas fazendo seu trabalho, de acordo com as leis.
Os americanos são os responsáveis por todas as guerras na região: na Palestina, no Líbano, da guerra civil à invasão de Israel, a guerra contra o Irã, as guerras no Iraque e sua invasão no Afeganistão, e o que está acontecendo contra os palestinos na Faixa de Gaza.
Todas as guerras israelenses e todos os abusos cometidos pelos israelenses são de responsabilidade dos EUA.
Além disso, a guerra imposta entre Irã e ao Iraque por oito anos também é de responsabilidade do governo dos EUA, pois o apoiou, e pressionou outros países a financiá-lo, para obter armas químicas matando curdos e iranianos. A guerra contra o Iêmen tem apoio americano direto, e isso permite que armas americanas fluam e sejam vendidas rapidamente e isso é tudo o que importa para eles!
Com isso tudo, foi o Daesh o pior dos piores. Estes grupos takfiristas cometeram os terríveis massacres no Iraque e destruiram o país. Daesh ocupava sozinho mais de 50% da superfície da Síria, com apoio direto e responsabilidade dos americanos. O próprio Trump admitiu isso. As declarações de certos oficiais militares e de segurança provam que estão envolvidos no recrutamento e chegada de combatentes nessa região, seus armamentos, seu financiamento.
Podemos concluir facilmente que as sucessivas administrações americanas foram os responsáveis por todas as tragédias na região. Devemos encarar esse estado terrorista ou devemos enterrar nossas cabeças na areia com humilhação?
Faça como os EUA
Os EUA usam todos os meios disponíveis: guerra militar, guerra por procuração, assassinatos diretos ou indiretos, sanções, embargos, assédio legal.
Devemos confrontá-los com esses meios e não apenas militariamente. É necessário fundar uma resistência diversificada que possa se espalhar por toda a superfície de nosso mundo árabe e islâmico, para enfrentar essa fonte de despotismo.
Exorto todos os religiosos e elites a desenvolver planos, a fundar a frente da resistência, que pode ser diversificada e global, para todo o mundo árabe e islâmico, a fim de enfrentar o grande satanás americano.
Sobre a questão legal, mesmo que os resultados possam ser mínimos, mas devemos, com tudo, reclamar dos EUA nas organizações internacionais e abrir os seus arquivos. Não basta só a guerra militar e posse de arma, mesmo que isto seja essencial. De qualquer forma, um dia, todas as pessoas carregarão as armas para enfrentar os EUA.
Existem também outras maneiras para enfrentar os americanos. Como, por exemplo, em uma ocasião numa universidade, os alunos chamavam Condolesca Rice de criminosa de guerra e pediram a sua saída da sala.
Vimos também no caso do colaborador com Israel, Amer Fakhoury, como os EUA interviram ameaçando aplicar sanções para quem quiser levá-lo a julgamento e reivindica seus direitos, porém isso não vai acontecer mesmo pagando com nosso sangue.
Para poder enfrentar qualquer tipo de humilhação por sanções temos que boicotar os produtos americanos no mercado libanês.
A entidade sionista tem um ponto fraco, pois eles não lutam por fator humano, eles lutam para dominar e exterminar o outro. Ao contrário da Resistência que luta por direitos pela vida e isso nunca morrerá apesar das muitas dificuldades.
Os EUA têm dois pontos fracos: segurança e a economia, pois para eles importa dinheiro, dólar, portanto, devemos boicotar. Podemos dizer que fomos uma pequena minoria e não somos mais. O mesmo acontece com a ação de boicote que poderá crescer dia após dia.
Certas empresas se forem boicotadas, podem abalar a administração americana. Por isso, devemos usar todos os meios além dos militares. Somos uma nação viva, mas precisamos de força de vontade, resignação e perseverança no confronto em todas as áreas.
Você viu no nordeste da Síria como uma população civil síria se opôs heroicamente às forças armadas americanas que posteriormente usavam aviões para evacuar seus soldados.
No Iraque, a responsabilidade pela resposta ao assassinato dos dois líderes Soleimani e Mohandes cabe primeiro aos iraquianos. Abu Mahdi AL-Mohandes é uma das figuras centrais e um dos líderes da vitória contra o Daesh. O povo deve vingar o sangue de Mohandes.
Devemos ser fiéis ao sangue dos dois mártires Soleimani e Mohandas, preservando o Hachd AL-Chaabi. Como devemos preservar seu espírito de fé, combatividade e jihad. Isso é essencial. Os EUA querem eliminá-lo a todo custo, porque é a fonte da força do Iraque.
Os americanos fazem de tudo para não alcançamos a vingança. O povo iraquiano deve trabalhar para um Iraque poderoso e digno, pois este país está no coração desta região, e certamente tem todas as forças para enfrentar os desafios.
O governo merece uma oportunidade
O povo libanês deve respeitar o prazo dado pelo novo governo para obtemos melhorias econômica e monetária. Todos estão cientes das dificuldades que o nosso país está passando, como as dificuldades de sacar depósitos bancários, o alto custo da vida, o aumento dos preços das comodidades, a desvalorização da moeda nacional, o aumento do desemprego, o fechamento das empresas e lojas, a incapacidade de distribuir produtos, as dificuldades de honrar as mensalidades escolares, a deterioração da situação de segurança, o aumento da inadimplência, o colapso psicológico, a deterioração dos serviços estatais incluindo a saúde do estado, os conselhos municipais tem poucos fundos e, portanto dívida soberana.
Esta situação precisa de uma solução que afete todos
Desde as manifestações de 17 de outubro, a situação deveria ter sido resolvida numa maneira diferente, longe das propostas muito exigentes. O estado, sob pressão da rua, poderia ter feito muitas coisas.
Desde os primeiros dias, falamos que não estamos preocupados com a resistência e sua situação financeira, mas com o país e o povo para evitar um possível colapso. Admitimos parte da responsabilidade pelo que aconteceu e expressamos nossa disposição de assumi-la no presente e no futuro.
Não pensamos apenas em nós. Estamos realmente preocupados com o destino das pessoas, em todas as regiões e entre as comunidades libanesas. Estamos prontos para assumir total responsabilidade por enfrentar esse desafio assustador.
Mesmo que sejamos insultados por outros, isso não teria impacto nas posições que adotamos. O mais importante para nós é cumprir nossos deveres. Benção de Deus é a nossa principal obsessão. Não nos importamos com o que as pessoas pensam de nós. Razão pela qual estamos prontos para todos os sacrifícios.
Queríamos que o antigo governo permanecesse no poder ou forme um governo de coalizão porque estamos enfrentando uma situação sensível, difícil e delicada que precisa da ajuda e contribuição de todos.
Quando as pessoas aceitam as responsabilidades do governo, apesar das condições atuais, merecem nosso respeito. É por isso que depositamos nossa confiança no governo libanês, e estaremos ao seu lado, para apoiá-lo de todos os modos, porque está ligado ao destino do país.
Hoje, quero dizer aos libaneses que estamos em uma situação econômica muito difícil. Atualmente, a discussão está focada em saber se o país vai à falência ou não. Razão pela qual apelo para separar a solução dessa questão econômica e financeira dos conflitos políticos. Vamos deixar de lado as nossas diferenças e as nossas crenças. Vamos parar de acusar um ao outro, pois isso é inútil.
O atual governo assumiu essa responsabilidade e deve ter uma oportunidade real, adequada e lógica para evitar a falência e o colapso. Pois se esse governo falhar, não temos certeza de que o país será capaz de resistir e durar. É sobre o destino do país são as pessoas que pagarão os custos.
Semear o desespero é uma traição nacional
Dirijo a palavra para o povo libanês: Temos que dar a confiança para o novo governo. Não incitem contra ele, e não trabalhar junto com estrangeiros contra ele.
Devemos apoiar os passos certos. Há esperança. Algumas pessoas gostariam que os libaneses perdessem a esperança, e trabalhassem com os estrangeiros para vender nosso estado e nossos recursos a estrangeiros e outros. Aqueles que semeiam o desespero hoje cometem traição, que é um crime nacional.
É preciso coragem, posições fortes, sacrifício e abandono de erros de cálculo. É preciso iniciativas por parte dos parlamentares. O próprio gabinete ministerial para lançar comitês de discussão e negociação. Agora não é hora de brigar. Prioridade exige enfrentar esta ameaça.
Peço a alguns libaneses que argumentam em seus escritos ou artigos na mídia estrangeira que o governo não é de Hezbollah, para interromper sua campanha de falsas incitações.
No que nos diz respeito, podemos nos gabar disso, se assim fosse, mas não é. Essas alegações prejudicam o Líbano e prejudicam os libaneses. Se este governo conseguir conter o colapso, isso acalmará os espíritos e prestará um grande serviço a todos os libaneses e aos que vivem dentro e fora do território libanês.
Source: Al-Manar